sexta-feira, 29 de maio de 2009

Fisiopatologia







Os sinais nervosos são transmitidos de um neurônio (célula do sistema nervoso responsável pela condução do impulso nervoso) para o seguinte através de junções interneuronais chamadas sinapses. (GUYTON et al, 2002)
Uma crise convulsiva é uma descarga elétrica cerebral desorganizada que se propaga para todas as regiões do cérebro, levando a uma alteração de toda atividade cerebral. Pode se manifestar como uma alteração comportamental, na qual o indivíduo pode falar coisas sem sentido, por movimentos estereotipados de um membro, ou mesmo através de episódios nos quais o paciente parece ficar "fora do ar", no qual ele fica com o olhar parado, fixo e sem contato com o ambiente. (GUYTON et al, 1998)

Impactos economicos


O
Ter epilepsia ativa todo um sistema de crenças ao nível pessoal e social que modifica o comportamento. Além disso, envolve expectativas e percepções que são categorias intrapsíquicas individuais relacionadas com a história de vida de cada um, afetando as pessoas de forma diferente (SOUZA, 2001). Revela dificuldades psicossociais que estão associadas ao estigma e que influenciam o ajustamento social e a qualidade de vida da criança e sua família . (FERNANDES 2001). Sentimentos levam os pais a se comportarem de modo inapropriado, exibindo superproteção, permissividade, rejeição e baixa expectativa em relação a seus filhos. A partir dessas reações, as crianças aprendem rapidamente que há algo de errado com elas e, conseqüentemente, começam a apresentar comportamentos inadequados de dependência, insegurança, irritabilidade e imaturidade. (THOMPSOM e UPTON, 1994).

Atividade física

Grandes vantagens apresentadas pela atividade física em crianças têm suporte em estudos científicos: onde as crianças são mais saudáveis, têm menos excesso de peso, apresentam um melhor desempenho cardiovascular e um número menor de crises de asma, além de apresentarem uma maior densidade óssea. Esses efeitos são transferidos à vida adulta. (ALVES; et al 2006)
Um dos exercícios recomendados e a natação, segundo ALVES et al (2006) a quantidade e a qualidade das aulas de educação física na escola, a participação em programas esportivos fora do ambiente escolar, a indicação médica, o incentivo dos pais são alguns aspectos ocorridos no período da infância que podem influenciar a adesão à prática de exercício físico na vida. (ALVES et al 2006)
A resistência da água ou arrasto é a principal força a ser vencida durante a locomoção aquática. Como a densidade da água é aproximadamente 800 vezes maior que a do ar, isso requer elevado gasto energético. Outra importante característica da locomoção aquática é a grande quantidade de energia que é transferida para a água durante a realização do movimento. Ao contrário da maioria das atividades terrestres, onde o impulso é realizado contra a terra que não pode ser acelerada, durante a natação a propulsão é feita contra a água, a qual pode sofrer aceleração. (CAPUTO et al., 2006)
A composição corporal e a força muscular podem tanto refletir o estado de saúde como predizer o desempenho em determinadas modalidades esportivas. (SCHNEIDER; MEYER, 2005)
As modificações que ocorrem da infância para a adolescência são importantes, pois concernem a mudanças nas características morfológicas, fisiológicas e capacidades mecânicas. Crianças tendem a flutuar com menor torque passivo que adultos, principalmente pela menor distância entre o centro de massa e o centro de flutuação, que são os dois pontos que interferem na posição em que o indivíduo fica ao ser submerso na água. (CAPUTO et al., 2006)

Alimentação



A alimentação saudável é aquela capaz de oferecer todos os nutrientes necessários para o corpo humano, promovendo saúde e bem-estar. Uma boa alimentação é importante para todas as pessoas, pois é a partir dos alimentos que o organismo retira os nutrientes necessários para seu crescimento e desenvolvimento, manutenção de tecidos, resistência às doenças. (NEUTZLING et al, 2007)
Segundo RAMALHO (2000) os hábitos alimentares e as necessidades nutricionais do homem contemporâneo começaram a ser estabelecidos no passado pré-histórico, e as práticas alimentares sofreram adaptações muitas vezes para hábitos pouco saudáveis, o que constitui desvantagem para a saúde. (RAMALHO, SAUNDERS 2000).
No Brasil os hábitos alimentares, particularmente em crianças de 10 18 á um excesso de consumo de açúcar e presença insuficiente de frutas, hortaliças cereais integrais na dieta. Esses comportamentos alimentares, associados com diminuição dos níveis populacionais de gasto energético, são consistentes com a importância crescente de doenças crônicas não-transmissíveis. (NEUTZLING et al, 2007)
Práticas alimentares sofreram adaptações muitas vezes para hábitos pouco saudáveis, o que constitui desvantagem para a saúde, associando-se muitas vezes com os desvios ponderais e desenvolvimento de deficiências nutricionais múltiplas ou específicas. (RAMALHO, SAUNDERS 2000).

Prevenção

A prevenção da epilepsia consiste em evitar lesões na cabeça, seguindo as orientações abaixo:
Não use medicamentos sem orientação médica.
Vacine as crianças contra as doenças infecciosas.
Os fatores de prevenção são poucos o tratamento mesmo consiste em controlar, não existe cura conhecida para a epilepsia. Medicamento como droga anticonvulsivas específicas podem frequentemente controlar as crises mas isso não é uma cura. (www.epilepsiabrasil.org.br)

Tipos de crises epilépticas


· A crise convulsiva ou tônico-clônicas, caracteriza-se por queda ao solo, rigidez do corpo ou de parte dele, movimentos em forma de tremor ou abalos musculares e pode ser acompanhados de salivação excessiva, mordedura de língua e incontinência esfincteriana. (www.neurociencias.org.br)
· Crise parcial complexa, o paciente experimenta sensações e "sai do ar" por períodos que vão de segundos a poucos minutos, podendo permanecer com os olhos abertos e ter movimentos de automatismos como estalar os lábios, movimentos de deglutição. (www.neurociencias.org.br)
· Crises mioclônicas: são abalos musculares que podem afetar desde segmentos de um músculo até os quatro membros e a face, caracteriza-se por movimentos bruscos, como um choque em que o paciente pode derrubar objetos das mãos. (www.neurociencias.org.br)
· Crises de ausência: são desligamentos por alguns segundos; geralmente de 5 a 20 segundos. O paciente permanece com o olhar vago para o infinito. (www.neurociencias.org.br)
· Crise atônica o paciente apresenta perda de tônus de um segmento tal como a cabeça ou dos músculos que mantêm a postura levando à queda brusca da cabeça ou queda ao solo. (www.neurociencias.org.br)
· Estado de mal epiléptico é uma condição potencialmente grave, caracteriza-se por crises prolongadas ou crises repetidas sem que o paciente recobre a consciência no período entre as crises. (www.neurociencias.org.br)

Incidência

A taxa de prevalência (número de ocorrências numa população) é bem maior que a incidência (casos novos numa população), já que a doença é crônica e tem baixo índice de mortalidade. A incidência anual varia de 30 a 50 novos casos em cada 100 mil indivíduos. (ROSA et al, 2005)
A epilepsia tem maior probabilidade de se desenvolver nos primeiros 16 anos de vida, também é importante que se compreenda que de todas as crianças que desenvolveram epilepsia com menos de 16 anos, em um terço delas (cerca de 33%) haverá remissão e os ataques não vão voltar mais na idade adulta. (ROSA et al, 2005)

Fatores de risco

As principais complicações da epilepsia são mortes e lesões físicas psicossociais. O risco de morte súbita durante uma crise é muito baixo e quando ocorre, geralmente acontece em formas severas de epilepsia com graves lesões cerebrais. As lesões físicas são decorrentes de quedas, fraturas, queimaduras entre outras. (NEUTZLING et al, 2007)
As limitações que a epilepsia impõe estão relacionadas a atividades nas qual a ocorrência de uma convulsão coloca em risco físico o paciente ou outras pessoas como, por exemplo, a natação sem supervisão. (NEUTZLING et al, 2007)
É muito importante também o enfoque da epilepsia junto aos familiares e à própria criança, conforme a idade. É necessário explicar o significado das crises, as limitações que implicam, e esclarecer sobre os conceitos errôneos de que a epilepsia leva à decadência física e mental. As crianças com deficiência psicomotoras ou com doenças progressivas e também com convulsões requerem outra orientação. (NEUTZLING et al, 2007)

terça-feira, 26 de maio de 2009

Sentimentos do paciente: antes, durante e depois de uma crise

Os sentimentos variam coforme o tipo de crise. Antes de uma convulsão iniciar, algumas pessoas experimentam uma sensação ou advertência chamada "aura". Uma descrição apurada do tipo de aura ao neurologista poderá fornecer pistas sobre a parte do cérebro onde se originam as descargas elétricas anormais. A aura pode ocorrer sem ser seguida de crise, e em alguns casos pode ser considerada um tipo de crise parcial simples. Durante a crise, incerteza, medo, cansaço físico e mental, confusão e perda de memória são alguns dos sentimentos mais comuns, embora a pessoa possa não sentir absolutamente nada, ou não se lembrar do que aconteceu. Da mesma forma, quando a atividade do cérebro volta ao normal, em determinados casos o paciente sente-se bem para retomar o que estava fazendo; em outros, tem dor de cabeça e mal-estar.

Risco de morte por epilepsia
A morte, em virtude de ataque epilético é difícil de ocorrer. O risco é maior quando a pessoa tem um ataque que se prolonga por 30 minutos ou mais, sem recuperar a consciência (estado de mal epiléptico). Neste caso, ela deverá ser conduzida a um serviço de pronto atendimento.
(Site oficial da liga brasileira de epilepsia; www.epilepsia.org.br)

Recomendações ao Adolescente com Epilepsia


É muito importante que o adolescente com epilepsia seja bem orientado quanto ao que pode ou não fazer, que ele tenha uma boa relação com seu médico, para que coloque seus problemas francamente e sinta-se entendido e ajudado. É necessário o esforço do profissional que está tratando o adolescente, no sentido de orientá-lo e desenvolver-lhe a confiança para que ele siga as instruções médicas: - deve ser estimulado e motivado para o tratamento; - não desistir! seguir o tratamento regularmente; - não deixar de tomar a medicação porque tem festa e quer beber álcool; - não misturar medicação; - evitar soluções mágicas, como a substituição do tratamento por práticas religiosas.

Curiosidades




  • Hipócrates (460 - 375 a.C.) foi o primeiro a reconhecer que a epilepsia era uma doença do cérebro.

  • Um dos primeiros tratamentos cirúrgicos para a epilepsia consistia em abrir um buraco no crânio, para os maus espíritos poderem sair.

  • Existem entre 40.000 a 70.000 epilépticos em Portugal, e todos os dias são diagnosticados novos casos.

  • 1 em cada 20 pessoas pode ter um ataque epiléptico uma vez na vida.

  • Uma crise epiléptica não é igual a epilepsia; esta implica que as crises se repitam espontaneamente ao longo da vida.

  • Há um pouco mais homens que mulheres com a doença.

  • Há vários tipos de ataques epilépticos.

  • A epilepsia não é uma doença mental, nem é contagiosa.

  • O primeiro medicamento usado para a epilepsia, o brometo de potássio, foi descoberto em, 1857 por Sir Charles Lokock, parteiro da rainha Vitória.

  • 80 por cento das crises controlam-se com a medicação.

  • Para a maior parte das pessoas com epilepsia, as consequências psicológicas são mais importantes que os ataques em si, pelo que a tolerância e a compreensão são importantes.

(Wikipedia, a enciclopedia livre; www.pt.wikipedia.org/wiki/Epilepsia)

segunda-feira, 25 de maio de 2009

A epilepsia, doença neurológica que atinge 3 milhões e 600 mil de brasileiros, ganha novo tratamento no país: uma cirurgia mais sofisticada e menos invasiva


Arthur Cukiert, médico neurologista do Hospital Brigadeiro
(CBN;www.cbn.com.br)

Epilepsia pode ter inúmeras manifestações diferentes

Entrevista com Andrea Bacellar, presidente da Sociedade de Neurofisiologia Clínica do Rio.

(CBN;www.cbn.com.br)

Como se faz o diagnóstico de Epilepsia?


O diagnóstico de epilepsia é puramente clínico, faz-se apenas pela descrição das crises ao médico, pelo que é muito importante ter uma descrição pormenorizada destas por quem as observa.
O electroencefalograma (EEG), que é um método para medir a actividade eléctrica do cérebro, pode ser útil para detectar um aumento dessa actividade.
Em alguns casos, apenas para se identificar a doença que pode estar a causar a epilepsia, pode ser necessário recorrer-se a exames de imagem – Tomografia Axial Computorizada (TAC) ou Ressonância Magnética Nuclear.
(Epilepsia-Medmap; http://medmap.uff.br)

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Estigma e preconceito


A epilepsia é conhecida desde a Antigüidade e já foi associada a fatores divinos e demoníacos. As crises epilépticas, principalmente as generalizadas, sempre assustaram muito as pessoas que as presenciam, fazendo com que o epiléptico tenha que enfrentar, no decorrer de sua vida, um obstáculo difícil de transpor: o de ser socialmente estigmatizado.

75% dos pacientes epiléticos iniciam suas crises antes dos 18 anos. E para a criança com epilepsia, sofrer o estigma chega a ser pior que a própria doença. Ele alerta para a importância de se efetuar o diagnóstico o mais cedo possível, para que se estabeleça o tratamento adequado, e para a reintegração do paciente a seu núcleo familiar, escolar e social.
A convivencia não é dificil, basta ter paciencia. O preconceito e a indiferença são os maiores problemas nfrentados pelos epilepticos.
(ABE;http://www.epilepsiabrasil.org.br)

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Como consequencia da atividade anormal dos neurônios (celulas cerebrais) ocorre as convulsões, as mais frequentes e conhecidas são as "tónico-clónicas" na fase tónica, o doente perde rapidamente o conhecimento, cai, e o corpo torna-se rígido; na clónica, ha contrações repetidas dos músculos de partes diferentes do corpo.

Ter convulsão não necessariamente significa que a pessoa tenha epilepsia, porém ao ter dois ou mais ataques epiléticos a pessoa pode ser considerada epilética.

Como agir?






Mantenha-se calmo e acalme quem assiste à crise.







Desaperte a roupa à volta do pescoço.








Coloque a pessoa de lado com a cabeça baixa, de modo a que a saliva possa escorrer para fora da boca.






ponha qualquer coisa macia debaixo da cabeça, ou ampare esta com a sua mão, impedindo-a de bater no chão ou contra objectos.






Permaneça junto da pessoa até que volte a respirar calmamente e comece a acordar.







Ofereça-se para ajudar no regresso a casa ou chamar alguém da família.

As crises não doem e não são contagiosas.